Anúncios

Chamada para artigos

2020-03-11

Caderno Espaço Feminino

CHAMADA

Nas últimas décadas do século XX, observa-se uma ampliação das pautas feministas que desvelam efeitos tangíveis em suas perspectivas políticas e acadêmicas, particularmente na direção de uma radicalização crítica ao racionalismo essencialista e às categorias fixas ou isoladas da identidade cultural: sexo-gênero, raça-etnia, classe social. Nos EUA e no Brasil, entre outros países, era preciso contemplar as novas demandas dos movimentos sociais, desconstruir a oposição considerada universal entre ‘homem’ e ‘mulher’, ‘masculino’ e ‘feminino’, bem como desnaturalizar os jogos binários hierarquizadores articulados em cascata. A produ ção crítica feminista, contrária ao uso descritivo da categoria ‘gênero’, desdobra-se e, sobre esta, destacam-se duas reflexões referenciais: a perspectiva seminal de Joan Scott, quando reflete sobre gênero como ‘um saber sobre as diferenças sexuais e uma forma de dar sentido às relações hierárquicas de poder’; e a reflexão de Judith Butler, preocupada em dissolver a dicotomia sexo-gênero (natureza-cultura), para pensar o gênero como ‘performatividade’ e o sexo como ‘ideal regulatório’, isto é, não como aquilo que alguém tem, mas como norma que confere inteligibilidade cultural ao corpo sexuado no interior de uma ordem heteronormativa. Estes estudos fertilizaram a crítica feminista, abrindo caminhos para o debate epistemológico e para elaborações outras, entre elas: Feminismos Negr os, Feminismos Decoloniais, Ecofeminismos, Teorias Queer. A chamada é um convite para a publicação de reflexões inéditas de pesquisadoras/es doutoras/es que discutam essas teorias, conceitos e/ou seus usos aplicados.

  Profa. Dra. Maria Elizabeth R Carneiro
INHIS/PPGHI/UFU
Universidade Federal de Uberlândia MG
Brasil Saiba mais sobre Chamada para artigos

Edição Atual

v. 36 n. 2 (2023)
					Visualizar v. 36 n. 2 (2023)

Nesta edição, convidamos professoras e historiadoras do V Encontro Nacional do Grupo de Trabalho de Estudos de Gênero - V ENGTEG: Gênero e colonialidade nos 200 anos de Brasil (in)dependente –, realizado na Unimontes, Montes Claros, nos dias 24 e 25 de Novembro de 2023,  para publicarem um extrato das mesas, dos simpósios temáticos, em suma, de seus trabalhos de pesquisa em um dossiê. Assim, conseguimos trazer para nossa revista um panorama das pesquisas de historiadoras vinculadas à Associação Nacional de História (ANPUH/BR) que, no momento, integram o Grupo de Trabalho Nacional de Estudos de Gênero, criado em 2001 e suas regionais.

Publicado: 2024-01-25

Editorial

Dossiê V ENGTEG: Gênero e colonialidade nos 200 anos de Brasil (in)dependente

Parte 2: ESTUDOS DE GÊNERO

Artigos

Ver Todas as Edições